terça-feira, 4 de novembro de 2008

Yes, We can!!!

Esse é o slogan da campanha do candidato que representa uma parcela da população que tá cansada de não poder.
04 de novembro. Obama ganha as eleições nos Estados Unidos. Primeiro negro na presidência americana e cá estou eu na primeira universidade para negros. Podem imaginar como está sendo a comoção, né? É torcida na apuração dos votos, é gente chorando e se abraçando pra tudo quanto é lado, outros agradecem a Deus pela benção e, por aí, vai. Os votos nem tinham acabado de ser apurados, mas diante da iminente derrota de Mc Cain todos já se reuniam no pátio; teve discurso e todos de mãos dadas cantavam o hino dos Estados Unidos. As imandades fizeram sua tradicional dança em homenagem a vencedor e em seguida os alunos saíram as ruas pra comemorar...
Para além dos extravasamentos emocionais, é preciso considerar o significado dessa eleição para o mundo, para os americanos, mas principalemente para a população afro-americana que aqui é minoria de verdade - 12% dos cidadãos.
Os ventos da mudança começamn a soprar e nos olhos das pessoas a esperança em Obama como em um Messias, como aconteceu com Lula.



A filha de Martin Luther King Jr. fala na televisão, Obama declara seu amor à mulher e a família, toda uma atmosfera sensacionalista de apelo nacionalista envolve o acontecimento, ao qual é impossível assistir imune (larguei meus afazeres, com uma prova na boca, pra registrar o momento). Mas enfim valeu a pena.
Não é todo dia que a gente vê uma população engajada politicamente, mesmo quando votar não é uma obrigação civil.
Não é todo dia que se vê jovens interessados de verdade em um acontecimento político do seu país.
Não é todo dia que um candidato tem 95% dos votos para presidente da república em um estado como aconteceu em Columbia. (No Tennessee, vitória de Mc Cain, com 60% dos votos. Por aqui o povo é meio conservador. Apelava-se para a juventude e inexperiência de Obama, contra o pé na Cova de Mc Cain pra justificar que Obama não deveria levar o mandato).
Enfim, essa é atmosfera política nos últimos minutos que antecedem a vitória de Obama.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bravo.

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Keep blogging.
Good luck.

Anônimo disse...

Tava falando com Diego, que em detrimento da desconfiança q nunca vai me abandonar, sobretudo quando falamos de politica. comentava com ele que: um operário eleito no Brasil, um Indegena na Bolívia, uma Mulher na Argentina, um "louco" radical na Venezuela, e agora um Negro descendente de Quenianos nos Eua... Que essas movimentações parecem apontar-nos ao signo da mudança. em escala global. Não que a mudança aconteça. Talvez ela nunca aja de verdade. Mas o signo da mudança, o desejo por ela, está estampado na cara do mundo.

isso me deu certo animo de existir de novo.
Chorei vendo Obama.
Chorei pelo signo da eleição dele. Pelo que isso representa. Não pela esperança q ele mude tudo. Isso só o tempo dirá.

mas já valeu.