sábado, 25 de outubro de 2008

Vacations and holidays

O que para pessoas normais é motivo de alegria, aqui, pra mim, é motivo de reflexão, tristeza, solidão...
É uma sensação muito desagradável, o campus fica mais morto que o de costume e é a hora de pensar em tudo que poderia estar sendo feito mas que a letargia não deixa.
É dia de todos irem visitar suas famílias e de eu me dar contar que por aqui amigos de verdade talvez seja algo que não existe ou que talvez eu não tenha competência de fazer.
A mim só resta enfiar a cara no livro, e, quando qualquer distração interrompe é hora de olhar pro lado e ver o vazio.
Sair da cidade só de carro, avião, táxi... o que pra mim é inviável se eu quiser continuar firme no intento de ir conhecer as grandes metrópoles. (Ah que saudade tenho dos ônibus. Prometo que antes de uma próxima investida internacional estarei portando minha carteira de motorista, aliás vai ser uma das primeiras providências quando voltar, pois assim vou ser capaz de alugar um carro e sair me aventurando pelo mundo).

Aprendi o passo a passo do choque cultural, estou passando por aquele em que nada presta e o que não for sinônimo de casa não me parece coisa boa.

Por enquanto é isso.

Quando meu humor melhorar vou tentar fazer do diário algo mais divertido e interessante...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sobre imundície...

De biscoito recheado colado no sofá eu até já tinha ouvido falar...
mas de bosta de cachorro colada no chão da cozinha tenha divina paciência, porque a santa já não resolve mais!!!



Pois é, dizem as más línguas das diaristas brasileiras que derrubam até 5oo dólares por faxina, que as coisas no ambiente doméstico funcionam dessa forma.
Se por um lado há toda uma precupação com as normas sanitárias, na vida pública, é nas entranhas da privada (ou no chão da cozinha mesmo, kkkk) que reside a essência da higiene americana.
E este é só um dentre a infinidade de exemplos, como lavar tênis na máquina de lavar e lavar pano de chão na pia do banheiro ou quiçá na da cozinha (já que parece que por aqui ainda não inventaram a lavanderia).
Coisas coladas por toda a parte são justificadas pelo hábito, que já tá chegando no Brasil - das donas e donos (sim, pq a higiene não é uma responsabilidade de gênero) de casa metidos a besta que fingem não saber o caminho da cozinha - de deixar tudo pra ser feito pela pobre da doméstica que aparece quinzenalmente pra botar a casa abaixo; enquanto isso é roupa espalhada pra tudo quanto é canto e todos patinam na merda, porque a área de serviço ou quintal, quando existe, parece não atender a finalidade de abrigar os excrementos caninos.
Assim, braço pra que te quero: as serviçais põem-se a raspar o cocô a faca e gastar litros de detergente pra tornar o ambiente habitável novamente.
Mas, detalhes sórdidos a parte, quem se habilita a dar uma raspadinha por 500 barão??????

sábado, 18 de outubro de 2008

Sobre o estranhamento...

"Lua - "Então me diz qual é a graça de já sab enviou em 18/10/2008 07:30:

Oi. Tava dando uma olhada no seu blog. Faz um tempo que vc naum escreve, ne? O povo ja ta cobrando. Ta todo mundo aqui sentindo sua falta. Menos eu, claro. rs rs.
(...)
Acho que tudo isso passa por um processo de desestranhamento diante da alteridade (se eu tiver errada amiga antropologa, me alerte pq vc conhece melhor isso do que eu). A gente pára de se surpreender tanto com o nosso cotidiano, o que era diferente acaba se tornando cada vez mais nosso.
(...)
Tô com saudade dessas suas conversas antropológicas (e de outras tb.) Falando nisso... Pantanal ta pegando fogo..."

...

Lua e caros leitores, não há dúvida que acabamos nos familiarizando e nos acostumando com as diferenças, entretanto um antropólogo jamais pode se permitir a acomodação do desestranhamento ou ele estará arruinado!!!
A ausência nas últimas semanas se deve muito ao fato, de talvez, a incusão estar de fato acontecendo, o que vocês podem acompanhar nas narrativas visuais lá no Orkut.
Tô tentando me desligar um pouco das coisas daí e talvez a ausência do blog faça parte desse processo. Mas para além das elocubrações subjetivas, foi também falta de tempo e preguiça de escrever. kkkkkk
Essa semana tive algumas obrigações acadêmicas de meado de semestre e nas semanas precedentes andei meio borocoxô e não quis fazer do blog um diário de lamúrias
Mas agora tudo volta a normalidade. Tem algumas coisinhas pra contar, mas ainda tô com preguiça de escrever. Além disso, se eu demorar muito é porque as intempéries climáticas estão interferindo no processo; os dedos começam a congelar...